Folha de S. Paulo


Maior parte das transações é de até R$ 3.000

Voltado ao investidor pessoa física, o programa de venda de títulos por meio do programa do Tesouro Direto tem a maior parte de suas operações concentradas em transações de até R$ 3.000.

Neste ano, até agosto, 54% das operações de compra de títulos estiveram dentro dessa faixa.

Em vigor desde 2002, foi a partir de 2010 que ele se popularizou mais, dobrando desde então o total de investidores inscritos. Atualmente, são quase 420 mil pessoas cadastradas para comprar títulos pelo Tesouro Direto.

Para comparação, a BM&FBovespa tem 551 mil pessoas físicas cadastradas para operações em Bolsa, como aplicação em ações e fundos listados e imobiliários.

Mas há estudos dentro do governo para simplificar o investimento e torná-lo mais atraente. Uma das propostas em avaliação é adotar nomes "fantasia" para os títulos –por exemplo, em lugar de investir numa NTN-B Principal 2035, o aplicador compraria Tesouro mais Inflação.

Embora confirme os estudos, a Fazenda não tem previsão de quando tais mudanças podem ser adotadas.

MAIS QUE POUPANÇA

Consultores e especialistas recomendam a aplicação no Tesouro mesmo para quem tem poucos recursos, como alternativa mais rentável do que a poupança para investidores de perfil conservador.

O investimento tem pagamento de Imposto de Renda –cuja alíquota diminui quanto maior o tempo que o investidor mantiver a aplicação.

Há ainda taxas a pagar: a de custódia, cobrada pela BM&FBovespa, de 0,3% ao ano sobre o valor dos títulos, e a de corretagem, que varia de 0 a 2%, conforme a instituição financeira pela qual se faz a compra do título (veja o passo a passo para aplicar nesta página).

Mas, mesmo com essas cobranças, a rentabilidade líquida do investimento em títulos do Tesouro supera a da poupança.

"Esse tipo de título não é para especular, é para segurança. O investidor só terá rentabilidade menor do que a contratada se ele precisar resgatar a aplicação antes do vencimento do título e, nesse período, o mercado oscilar muito", afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora.

Editoria de Arte/Folhapress

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