Folha de S. Paulo


G20 busca crescimento, mas membros divergem sobre estratégia

Líderes financeiros do G20 continuam empenhados em perseguir o crescimento global mais elevado, mas estão divididos sobre como alcançá-lo.

Foi o que mostrou o encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais das principais economias do mundo neste sábado (20).

A divisão ocorre porque a Alemanha é contrária aos pedidos dos Estados Unidos e de outros países para mais estímulos imediatos.

Ao abrir a reunião, o ministro do Tesouro da Austrália, Joe Hockey, delineou uma ambiciosa agenda para impulsionar o crescimento global, deixar o sistema bancário mundial à prova de fogo e fechar brechas fiscais para grandes multinacionais.

"Temos a oportunidade de mudar o destino da economia global", disse Hockey, que em fevereiro lançou uma campanha para adicionar 2 pontos percentuais para o crescimento mundial em 2018 como parte da presidência da Austrália do G20.

PRESSÃO SOBRE BERLIM

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, pediu para a zona euro e o Japão fazerem mais para incrementar a demanda e revitalizar a atividade, sinalizando que a Alemanha tem escopo para fazer muito mais, graças ao seu superávit comercial crescente.

Berlim não ficou feliz.

"Nós não vamos concordar com estímulos míopes", disse um representante alemão no G20, argumentando que na maioria dos países a dívida ainda era muito elevada para permitir o aumento dos gastos.

A Alemanha tem estado sob intensa pressão para permitir que a zona do euro alivie a austeridade fiscal e impulsione sua economia por meio de mais gastos do governo ou cortes de impostos.


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