Folha de S. Paulo


Bancários recusam oferta salarial e ameaçam com greve para fim do mês

Os bancários recusaram nesta sexta-feira (19) proposta de reajuste salarial de 7% apresentada pelos bancos e acenaram com possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 30.

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) afirmou, em comunicado à imprensa, que a oferta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional de Bancos) é "insuficiente" e que aprovou calendário de mobilização com assembleias de trabalhadores marcadas para os dias 25 e 29 para decidir sobre a greve no país.

De acordo com a entidade, o índice de 7% representa um reajuste real de 0,61%. A reivindicação dos bancários é aumento de 12,5%.

Os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%.

A duração da greve na época levou a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, entende que a campanha por um aumento salarial deve trazer mais conquistas do que a de 2013.

"Pela longa tradição de luta, os bancários sabem que todas as conquistas da categoria são resultado da sua capacidade de construir a unidade nacional, de se mobilizar e de pressionar os banqueiros", destacou.

Por outro lado, a Fenaban afirmou que "a proposta apresentada viabiliza uma negociação célere para o fechamento de um acordo", de acordo com o diretor de relações do trabalho da entidade, Magnus Ribas Apostólico, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.


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