Folha de S. Paulo


Carrefour Brasil vai relançar comércio eletrônico em 2015

O Carrefour vai relançar sua operação de comércio eletrônico no país em 2015, disse nesta quarta-feira (17) o presidente-executivo do grupo no Brasil, Charles Desmartis.

As operações de venda online da companhia foram encerradas no fim de 2012 como parte de uma reestruturação do grupo.

Agora o segmento terá uma definição mais precisa de sua estratégia comercial, afirmou Desmartis, acrescentando que a companhia contará com melhores avaliações do desafio logístico e buscará complementaridade com o negócio tradicional de lojas físicas.

"Contratamos alguém que vem do e-commerce, e fui muito claro: ele não vai ter limitações iniciais para trabalhar com toda criatividade", destacou Desmartis, sem revelar a identidade do novo chefe do negócio.

A retomada do comércio eletrônico pelo Carrefour é anunciada num momento de perda de fôlego do varejo, enquanto as vendas online seguem mantendo o ímpeto no país.

De acordo com a consultoria E-bit, o faturamento do e-commerce brasileiro avançou 26% no primeiro semestre, ante igual etapa de 2013.

Ao mesmo tempo, as vendas do comércio varejista subiram 4,9% na mesma base de comparação, segundo o IBGE.

EVOLUÇÃO

Durante sua apresentação na convenção da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), o executivo pontuou que o investimento em multicanais e em e-commerce representa o próximo passo da evolução da rede no Brasil.

Em agosto, a varejista inaugurou a primeira unidade do Carrefour Express na capital paulista, indicando aposta no formato de proximidade, que oferece menor sortimento em unidades também menores, localizadas em áreas de grande circulação. O formato é um dos grandes vetores de expansão orgânica do rival Grupo Pão de Açúcar.

A respeito da implementação em hipermercados do modelo de "nova geração", voltado para revitalização das lojas com incremento no sortimento e na representatividade de produtos regionais, Desmartis salientou que a rede contará com 50 unidades do tipo até o fim de 2016, ante projeção de 18 no fim deste ano.

IPO

Questionado sobre planos de abertura de capital do Carrefour Brasil, o executivo indicou que a listagem em bolsa é uma das opções que o grupo avalia para alavancar o crescimento, mas que não há pressa para a operação.

"Vai depender das condições de mercado", explicou Desmartis, completando que a empresa não precisa a curto prazo de capital externo, mas que esses recursos poderão ajudar a acelerar o desenvolvimento.


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