Folha de S. Paulo


A casa do futuro: confira os novos eletrodomésticos que chegarão às lojas

Para atrair um consumidor afastado pelo endividamento em alta, com confiança e intenção de compra reduzidas, a indústria de eletroeletrônicos aposta no lançamento de aparelhos com novas funções e ainda tem esperanças de estancar a queda de vendas no varejo.

Liquidificador antibactéria e máquina de refrigerante caseiro são algumas das inovações trazidas pela feira Eletrolar, que reúne o setor nesta semana, em São Paulo.

Há ainda a evolução dos aparelhos de depilação domésticos, que reproduzem versões profissionais, com tecnologia de luz pulsada, que dispara flashes de luz e calor na raiz dos pelos.

O depilador Philips Lumea, tem lâmpada de longa duração e 100 mil flashes, um aumento de vida útil de 20 mil flashes na comparação com o modelo anterior.

O tablet e-Water pode ser mergulhado a 1 metro de profundidade por até 30 minutos, segundo a fabricante DL.

Para evitar acidentes, o robô Winbot limpa vidros comandado por controle remoto. Com sistema de sucção, ele não se desprende do vidro, de acordo com a fabricante Ecovacs.

A Playbulb é uma lâmpada inteligente que pode ser controlada por smartphone ou tablet, segundo a fabricante DB Trends. O usuário faz download do aplicativo para poder acender, apagar e controlar a intensidade da luz. A lâmpada reproduz músicas disponíveis no aparelho e pode ser programada.

No mercado de geladeiras, as inovações mais radicais ainda são vistas como possibilidade distante. No futuro, a própria geladeira será responsável por fazer a lista de compras do mercado e enviar ao dono da casa. O equipamento será capaz de "perceber" os itens já consumidos, que necessitam de reposição.

"Mas isso ainda está em teste nos EUA. Vai demorar um pouco", diz Lourival Kiçula, presidente da Eletros (associação de fabricantes).

No fogão, a meta é desenvolver a tecnologia de segurança para evitar queimaduras e vazamentos de gás. A ideia é preparar duas receitas ao mesmo tempo, com temperaturas diferentes.

Algumas invenções não vingam ou requerem ajustes, como o 3D para TVs, que ainda necessita de adaptações para melhorar a performance de vendas.

QUEDAS NAS VENDAS

O setor de eletroeletrônicos está de olho no futuro, já que o passado recente é negativo. As vendas da linha branca (que inclui refrigeradores, lavadoras e fogões) caíram 5% no primeiro semestre ante igual período de 2013. No ano passado, a queda já havia ficado em 4%.

Para os próximos meses, a expectativa é que a retração seja amenizada, diz Lourival Kiçula, presidente da Eletros (que reúne fabricantes de eletroeletrônicos).

O comércio de TVs, por sua vez, teve comportamento inverso, com antecipação do consumo devido à Copa.

"As vendas de televisores cresceram 16% e devem superar os 15 milhões de unidades no ano", diz Kiçula.

O consumo de TV, já satisfeito, deve ser amenizado neste segundo semestre. Mas no médio prazo, a estimativa é de reaquecimento.

"Todo mundo já tem TV, até mais que uma. Mas as mudanças tecnológicas é que vão manter esse mercado ativo no futuro", afirma.

Difícil de ser mensurado devido à facilidade de importação informal, o consumo de eletroportáteis (como liquidificador) também é impulsionado por inovações.


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