Folha de S. Paulo


Cassinos ligados a Donald Trump em Atlantic City abrem pedido de falência

Cassinos ligados ao empresário americano Donald Trump, situados no famoso calçadão de Atlantic City, abriram pedidos de falência nesta terça-feira (9).

O Trump Plaza já havia anunciado que fecharia as portas na próxima terça-feira (16) e acompanhou o cassino Trump Taj Mahal no pedido à Corte de Delaware. As duas empresas pertencem à Trump Entertainment Resorts, também em falência, segundo o jornal "The Wall Street Journal".

Hoje, o empresário detém apenas 10% da companhia, de acordo com o "Financial Times".

Ainda segundo o FT, no mês passado, Trump processou a empresa na tentativa de remover seu nome dos dois cassinos para não manchar sua marca.

De acordo com os balanços financeiros mais recentes do Trump Taj Mahal, a necessidade de reestruturar o negócio era iminente. A empresa sofria com a queda significativa de receitas e anunciou que não seria capaz de honrar seus deficits de mais de US$ 285 milhões.

Esta foi a segunda vez que o Trump Taj Mahal causa problemas financeiros. Na década de 90, o Trump quase foi à falência por causa das dívidas assumidas para a construção do cassino.

O empresário só conseguiu sobreviver à crise após negociar com os credores uma participação acionária de 50% no empreendimento, em troca de juros mais baixos e um tempo maior para o vencimento das dívidas.

CRISE

Os cassinos ligados a Trump não são os únicos a enfrentar a crise na passarela à beira-mar de Atlantic City.

No domingo e segunda passados, o Showboat e o Revel fecharam as portas, esvaziando a região antes repleta de turistas.

Os dois fazem parte de um grupo de quatro cassinos que encerram suas atividades neste ano na cidade. Por ora, oito sobreviveram à crise.


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