Folha de S. Paulo


Bancos reduzem taxas para financiar veículos para clientes 'vip'

As medidas adotadas pelo Banco Central em agosto estimularam as concessões de crédito para financiamento de veículos. Anunciado no dia 20, o pacote tenta frear a queda nas vendas.

Alguns bancos já anunciaram reduções nas taxas, a começar pelo Itaú. Na quinta (28), a instituição baixou os juros para o financiamento de veículos novos, passando de 1,30% para 0,99% ao mês.

Um dia depois, foi a vez do Santander. Para pagamentos em até 12 meses e veículos fabricados a partir de 2011, a taxa cobrada diminui de 1,22% para 0,97% ao mês.

"Analisamos constantemente as variáveis de mercado para oferecer melhores condições", diz o superintendente executivo para financiamentos do banco, Ronaldo Rondinelli.

Editoria de Arte/Folhapress

Contudo, tais benefícios são percebidos apenas pelo cliente que têm um bom histórico de crédito e longa relação com o banco, o que eleva seu "score". Essa pontuação determina se o comprador terá acesso às melhores taxas.

Quem não possui uma ficha considerada boa continuará a ter o crédito negado, ou terá de pagar taxas mais altas.

Nesta segunda (1º), o Banco do Brasil divulgou que a taxa mínima caiu para 0,97% ao mês para financiar veículos novos, e para 1,18% no caso de usados. Esses valores estão em vigor até 31 de outubro.

Já a Caixa Econômica Federal promove, entre os dias 4 e 6, uma nova edição do Salão Auto Caixa. No evento, gerentes do banco estarão em concessionárias em todo o país para agilizar e facilitar a aprovação dos financiamentos. A taxa mínima permanece em 0,93%.

INTERVENÇÃO

Insatisfeito com o crédito disponível ao consumidor no primeiro semestre, o BC resolveu beneficiar bancos que consigam elevar em 20% a média diária das operações para veículos até dezembro.

Quem atingir a meta poderá descontar os empréstimos do dinheiro retido no BC (compulsório). Os juros médios para o financiamento de veículos eram de 23,1% ao ano em julho.

Em comparação, no mesmo mês de 2013, a taxa era de 20,3%. Nos 12 meses até junho, o volume de crédito caiu 3,7% para R$ 186,6 bilhões.


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