Folha de S. Paulo


Compra da GVT deve ter aprovação simples no governo, diz agência

A eventual compra da GVT pela Telefónica não deve enfrentar grandes dificuldades para ser aprovada pelos órgãos reguladores brasileiros, disse à Reuters uma fonte do governo que acompanha de perto o assunto.

Na semana passada, a francesa Vivendi, controladora da GVT, anunciou que entraria em negociações exclusivas para a venda da empresa com a espanhola Telefónica.

Segundo essa fonte, do ponto de vista regulatório, a análise acaba ficando menos complicada porque a GVT, operadora de banda larga fixa, telefonia fixa e TV paga, não possui licenças para uso de serviços móveis, logo, não haveria sobreposição de frequências com a Vivo, controlada da Telefónica no Brasil.

O que pode demandar maior atenção, disse essa fonte, é a questão concorrencial. Mas, mesmo nesse caso, o maior potencial de aumento da concentração é em São Paulo, onde a Telefônica oferece serviços que também são oferecidos pela GVT, disse a fonte.

"As informações preliminares indicam que o peso maior da concentração poderia ocorrer em São Paulo, mas a GVT é mais forte em outros Estados, então, em princípio, também isso não parece ser um grande problema", disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.

Se confirmada, a compra da GVT pela Telefónica terá de ser analisada pela Agência Nacional de Telecominicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

OFERTA

A Telefónica elevou sua oferta inicial de € 6,7 bilhões pela GVT para € 7,45 bilhões, aumentando para € 4,66 bilhões a parte do acordo a ser paga em dinheiro.

Além disso, a Telefónica também oferece à Vivendi uma participação de 12% na companhia após a compra da GVT.

A Vivendi ainda pode optar por trocar cerca de um terço desses papéis por uma participação de 5,7% na Telecom Italia -dona da TIM, e da qual a Telefónica é a maior acionista- se assim desejar.


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