Folha de S. Paulo


Bolsa ronda a estabilidade após queda do PIB e com corrida eleitoral no radar

O principal índice da Bolsa brasileira perdeu força e passou a oscilar perto da estabilidade depois de ter começado a sexta-feira (29) em alta, com expectativas políticas ofuscando a queda de 0,6% da economia brasileira no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses deste ano, colocando o país em recessão técnica.

Às 11h15 (de Brasília), o Ibovespa tinha ligeira valorização de 0,02%, para 60.300 pontos. O volume financeiro era de R$ 1,366 bilhão. O índice chegou a subir 0,86% logo após a abertura dos negócios, estimulado pelo avanço das ações da Petrobras, que subiam mais de 1% nos primeiros minutos de pregão com investidores otimistas em relação à divulgação de novas pesquisas eleitorais.

As ações de empresas estatais têm sofrido forte instabilidade, na esteira de desdobramentos da corrida pelo Planalto.

Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras, por exemplo, acumulavam ganho de 19,4% em agosto até ontem, o que refletia, principalmente, os últimos levantamentos que apontaram vitória da candidata Marina Silva (PSB) sobre a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da eleição de outubro, segundo analistas.

Isso porque o mercado tem demonstrado insatisfação em relação à gestão das estatais e a deterioração da economia. Às 11h16, a ação preferencial da Petrobras tinha leve alta de 0,08%, a R$ 22,82.

Em sentido oposto, pressionava o Ibovespa a desvalorização das ações preferenciais da Vale, que acompanham as avaliações negativas da persistente queda nos preços do minério de ferro na China, principal destino das exportações da mineradora brasileira. Às 11h16, a baixa era de 1,56%, a R$ 25,72.

A mineradora MMX e a companhia do setor imobiliário Brookfield Incorporações ficaram de fora na terceira e última prévia da carteira do Ibovespa que irá vigorar entre 1º de setembro de 2014 e 2 de janeiro de 2015. A lista foi divulgada nesta sexta pela Bolsa. Os papéis da MMX cediam 2,47%, às 11h16, enquanto a Brookfiled tinha ganho de 0,65%.

Já a fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo entrou na carteira e registrava valorização de 1,40%. Todas as entradas e saídas já constavam da segunda prévia do índice, divulgada em meados deste mês.

CÂMBIO

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,48% sobre o real, às 11h16, cotado em R$ 2,240 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,08%, para R$ 2,241.

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 contratos de swap (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 197,9 milhões.

Com Reuters


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