Folha de S. Paulo


Bancos públicos sustentam a expansão da oferta de crédito no Brasil

A expansão do crédito nos sete primeiros meses do ano foi sustentada pelos bancos públicos. O saldo de financiamento das instituições estatais cresceu 8% nesse período em relação a dezembro do ano passado. Nos bancos privados, avançou 0,8%.

Em julho, houve expansão de 0,7% nos bancos estatais e queda de 0,3% nos privados, segundo dados do Banco Central, em relação ao mês anterior.

O crédito do BNDES para empresas, por exemplo, cresceu 5,1% no ano, acima dos 2,7% de expansão do total de financiamentos para pessoas jurídicas, considerando todo o sistema bancário.

A inadimplência nos bancos públicos cresceu 0,3 ponto percentual desde dezembro. Nos privados recuou 0,1 ponto percentual. Os estatais ainda têm, no entanto, nível de atraso (2,1%) que é a metade do verificado nos bancos privados nacionais (4,2%).

Os bancos públicos respondem hoje por 53% do crédito no país.

A inadimplência no mercado de crédito se manteve em 3% no mês, menor nível da série histórica iniciada em 2011. Para as pessoas jurídicas, o índice é ainda menor, de 2%.

Considerando apenas os recursos livres, em que não há a obrigação de destinar o valor a uma dada finalidade, a inadimplência subiu 0,1 ponto percentual.

Em relação aos recursos direcionados, compostos pelas operações com juros controlados ou subsidiados (rural, habitacional, microcrédito, BNDES), o indicador permaneceu em 1%.

CONSUMO

Para a pessoa física, consumir ficou mais caro. Os juros do crédito livre para este público subiu em julho pelo sétimo mês seguido e ficou em 43,2% ao ano. A taxa é a maior registrada desde março de 2011, quando a série histórica começou.

Já o crédito direcionado para as pessoas físicas também teve aumento, de 0,5 ponto percentual, e chegou a 8,2% ao ano.

O saldo das operações de crédito no Brasil desacelerou ainda mais em julho, sétimo mês consecutivo em que o crescimento adota ritmo mais lento. A alta foi de 11,4% em relação a igual período de 2013. No fim do ano passado, o crédito crescia a uma taxa de quase 15%.


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