Folha de S. Paulo


Importação chinesa de minério de ferro sobe quase 11% em julho

As importações chinesas de minério de ferro saltaram quase 11% em julho sobre junho, mostraram dados desta sexta-feira (8), com compradores tirando vantagem de preços mais baixos para o insumo siderúrgico e armazenando o produto, apesar da fraca demanda doméstica da indústria siderúrgica.

A demanda da China, que compra cerca de dois terços de todo o minério negociado no mundo, tem permanecido resiliente, ajudando a justificar um aumento da produção de grandes fornecedores como a Rio Tinto e a BHP Billiton, que tem pressionado para baixo os preços do minério de ferro em cerca de um terço.

Os embarques totais de julho, de 82,52 milhões de toneladas, foram o terceiro maior registrado, com as indústrias siderúrgicas chinesas continuando a produzir a taxas elevadas. As margens para as siderúrgicas também melhoraram como um resultado dos preços mais baixos do minério e de outros insumos.

"Os números de importação são normalmente muito voláteis e tem meses de alta e meses de queda –o número de junho pareceu um pouco baixo, então o de julho representa um número maior, mas se olhar as médias do trimestre, está muito em linha", disse Graeme Train, analista da Macquarie, em Xangai.

Os preços do minério em julho ficaram relativamente estáveis, permanecendo numa faixa entre US$ 93,60 e US$ 98 por tonelada, encerrando o mês a US$ 95,60, alta de 1,9% ante o final de junho, com a atividade no mercado à vista relativamente fraca, de acordo com dados do The Steel Index.

VALE

A alta nas importações de minério de ferro da China é uma boa notícia para a Vale, que vende 150 milhões de toneladas do produto por ano ao país.

De olho no crescente mercado asiático, a companhia anunciou nesta quinta que tem planos de dobrar o volume de exportações à China até 2018. Neste ano, a Vale planeja ter uma produção anual de 400 milhões de toneladas, dos quais 75% seriam destinados ao país asiático.


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