Folha de S. Paulo


Agências veem aumento de procura por serviço doméstico

Até maio deste ano, Adriana Caldeira, 37, era mensalista em uma casa em São José do Rio Preto (440 km de São Paulo), com carteira assinada. Foi quando a família para quem trabalhava mudou-se para Curitiba e ela decidiu atuar como diarista.

Hoje, trabalha quase todos os dias úteis da semana e recolhe INSS voluntariamente. Quanto ao ganho, ele é maior agora, diz. "Se eu fizer diárias de segunda a sexta, consigo tirar uns R$ 1.500 por mês. Antes (como doméstica) ganhava uns R$ 1.200."

As datas e horários de trabalho agora são feitos em parceria com a Mary Help, empresa especializada em agenciar profissionais domésticos.

Há três anos atuando no segmento, a companhia realiza 7.000 diárias por mês e tem registrado um aumento na demanda pelo serviço.

"A procura sobe mês a mês. O maior 'boom' aconteceu em 2013, com a divulgação da PEC das domésticas", afirma o diretor, José Roberto Campanelli, 59.

Já as contratações de mensalistas têm diminuído. "Se antes agenciávamos 20 domésticas por mês, passamos a cinco depois da PEC. Hoje, estamos em dez", avalia.

A House Shine, marca portuguesa de limpeza residencial, desembarcou no Brasil em 2012 e também aproveitou a onda de crescimento. "Quando houve os primeiros ruídos da PEC, tivemos um crescimento de 30% de clientes que solicitaram os serviços", diz Lilian Esteves, diretora-executiva da empresa.

Há opções para quem quer terceirizar completamente a procura por uma diarista.

O Blumpa, por exemplo, permite agendar a data do serviço de limpeza on-line. O pagamento também pode ser feito pela internet.

"Ficou caro manter uma doméstica todos os dias em casa e muitas preferem ser diaristas para ganhar mais", diz Eduardo Giglio, 23, fundador do Blumpa.


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