Folha de S. Paulo


Paraná passa Rio Grande do Sul e Minas em ranking de competitividade

Os Estados sulistas -Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina- passaram Minas Gerais em ambiente de negócios e competitividade por investimentos no país.

É o que mostra o terceiro ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros, elaborado pela consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit) em parceria com o brasileiro CLP (Centro de Liderança Pública).

O topo do ranking segue com São Paulo que, segundo os pesquisadores, dá sinais de esgotamento da atratividade, devido ao baixo crescimento, aumento da burocracia e redução dos gastos privados com pesquisa. O segundo posto continua, pelo terceiro ano, com o Rio.

Editoria de Arte/Folhapress

A reviravolta ocorreu no terceiro lugar, ocupado nas duas pesquisas anteriores por Minas. A mudança decorre mais da ascensão econômica de Paraná e Santa Catarina do que da piora dos indicadores mineiros. O Rio Grande do Sul continuou estável no quarto lugar, mas teve melhora na economia e renda em relação ao ano anterior.

O ranking avalia os Estados segundo o ambiente político, econômico, infraestrutura, regulação, até recursos humanos, criminalidade, inovação e sustentabilidade. O período pesquisado foi de abril de 2013 a abril deste ano.

Cada Estado recebe uma nota, que vai de 0 a 100. Só São Paulo tem nota acima de 75, considerada de alta competitividade. A maioria tem nota fraca,
abaixo de 50.

No caso do Paraná, que recebeu nota 63,9, houve um crescimento importante das exportações do agronegócio. O Estado melhorou em renda per capita, gastos privados com pesquisa e incentivos fiscais para política ambiental.

Já Santa Catarina (61,9) registrou um crescimento importante do tamanho do mercado consumidor, além de alta nos incentivos para estrangeiros e gastos com pesquisa.

Com nota 60,2 (62,8 em 2012), Minas perdeu espaço devido a estagnação da indústria e ao aumento do índice de criminalidade. Como um todo, o Estado teve crescimento econômico abaixo de 2% em 2013/2014 (mesmo índice de São Paulo e dentro da média nacional).

Minas apresenta homicídios entre 20 e 24,99 mortes por 100 mil habitantes, perdendo para Maranhão, Acre, SP, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Piauí.

O ranking abrangeu o período das manifestações de junho de 2013. No entanto, os pesquisadores não viram mudança nas notas de infraestrutura, mobilidade urbana e corrupção, bandeiras do movimento. "Esperamos um impacto positivo, que talvez apareça no ranking de 2015", disse Luana Tavares, do CLP.


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