O Bradesco terá mais R$ 16 bilhões disponíveis para fazer novos empréstimos devido à liberação de parte do empréstimo compulsório e da flexibilização das regras contábeis dos bancos, anunciada nesta sexta (25) pelo Banco Central.
Segundo o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, apenas a otimização do capital próprio exigido pelo Banco Central para manter os empréstimos já concedidos (conhecido como índice de Basileia) liberou R$ 10 bilhões para o crédito. No compulsório, foram liberados mais de R$ 6 bilhões.
"Tivemos uma otimização do capital que poderá ser revertido em crédito. O Banco Central só pode fazer isso porque tinha uma gordura. As regras prudenciais do Banco Central são uma das mais severas quando comparadas a outros países. Ele tinha possibilidade de fazer isso sem descumprir os acordos internacionais", disse.
Para o presidente do Bradesco, as medidas não são suficientes para reverter o quadro de desaceleração do crédito em 2014. "Essas medidas não transformam a realidade do dia para a noite. São importantes para começar a romper o ciclo vicioso de previsões negativas. Cria uma agenda positiva", disse.
O presidente do Itaú, Roberto Setubal, também elogiou as medidas anunciadas pelo Banco Central. "Vejo de forma positiva as iniciativas, pois criam condições de aumentar o crédito em alguns segmentos do mercado financeiro em que a liquidez estava menos folgada. E vejo muito bem a alteração na norma de alocação de capital para créditos longos pois torna o capital exigido mais consistente com o risco da operação", afirmou, em nota.