A desaceleração da economia brasileira ajudou a conter o aumento no resultado negativo do país nas suas transações de bens e serviços com o exterior.
O deficit em transações correntes subiu de US$ 43,2 bilhões no primeiro semestre de 2013 para US$ 43,3 bilhões no mesmo período de 2014. Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), caiu de 3,91% para 3,84% no período, segundo o Banco Central.
O resultado é explicado, principalmente, pela queda de 8% nas remessas de lucros e dividendos para o exterior.
Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) recuaram de US$ 30 bilhões (2,72% do PIB) para US$ 29,3 bilhões (2,59% do PIB) no mesmo período.
Em junho, o deficit com o exterior foi de US$ 3,3 bilhões, abaixo dos US$ 4,3 bilhões esperados pelo BC. O IED ficou em US$ 3,9 bilhões, acima da estimativa da autoridade monetária (US$ 3,6 bilhões). Nos dois casos, houve queda em relação aos dados do mesmo período do ano passado.
GASTOS DE ESTRANGEIROS
Com a vinda de turistas ao Brasil para a Copa do Mundo, os gastos dos viajantes estrangeiros em junho somaram US$ 797 milhões, valor recorde para a série histórica do BC iniciada em 1947.
O valor ainda está distante, entretanto, do que os brasileiros gastam no exterior. No mês passado, foram gastos US$ 2 bilhões fora do país por pessoas residentes no Brasil, valor recorde para meses de junho.