Folha de S. Paulo


Embraer assina acordo para vender 60 jatos para a China

A Embraer venderá 60 jatos comerciais do modelo E190 para duas companhias chinesas, em acordos que podem chegar a um valor total de US$ 2,86 bilhões, segundo preços de tabela das aeronaves.

Os acordos, envolvendo 20 aviões E-Jets e 20 E-Jets E2 para a companhia aérea Tianjin Airlines e mais 20 E190-E2 (sendo 10 pedidos firmes e 10 intenções de compra) para o Banco Industrial e Comercial da China, serão assinados no fim da manhã desta quinta-feira (17), após um encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente chinês, Xi Jinping.

O E190 tem preço de lista de 47,7 milhões de dólares.

O anúncio representa o terceiro grande divulgado em apenas uma semana envolvendo a fabricante brasileira.

Na terça-feira (15), a Embraer informou ter assinado uma carta de intenções com a companhia aérea brasileira Azul sobre encomenda de até 50 jatos E195 de segunda geração, num valor de até US$ 3,1 bilhões, a preços de lista.

Antes disso, na segunda-feira (14), a Embraer tinha anunciado encomenda de 50 jatos regionais modelo 175 da segunda geração, pela norte-americana Trans States Holdings.

O pedido foi avaliado em US$ 2,4 bilhões, também a preços de tabela.

Além disso, os acordos com os grupos chineses deverão ser mais um impulso para a carteira de pedidos firmes da Embraer, que no fim do segundo trimestre somava US$ 18,1 bilhões.

O total de aviões envolvidos no acordo com as empresas chinesas é maior do que o afirmado inicialmente pelo assessor de assuntos Internacionais da presidente Dilma, Marco Aurélio Garcia, que afirmou na segunda-feira (14) que totalizariam 25 jatos.

A Embraer tem buscado expandir suas operações de fabricação na China, mercado chave para a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo.

Mas planos para a fábrica de jatos regionais em Harbin, voltada a e-Jets, não foram aprovados pelas autoridades chinesas uma vez que o país está investindo num concorrente para o mesmo tamanho de aeronave.


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