Folha de S. Paulo


Diretor de finanças da PT deixa vice-presidência de conselho

O diretor financeiro da Portugal Telecom, Luís Pacheco de Melo, renunciou ao posto de vice-presidente do Conselho de Administração da companhia portuguesa nesta sexta-feira (11), informou a empresa.

Pacheco, porém, manteve a posição de vice-presidente financeiro da companhia, informou a Portugal Telecom.

A renúncia do executivo ocorreu em meio à crise iniciada por investimento de quase 900 milhões de euros da Portugal Telecom em uma empresa do grupo Espírito Santo, a Rioforte, que atravessa dificuldades financeiras.

A operação, que tem que ser honrada pela Rioforte na próxima semana, foi feita sem conhecimento de acionistas da brasileira Oi, com quem a Portugal Telecom promove um processo de fusão.

Segundo a empresa ibérica, o executivo saiu para "concentrar-se exclusivamente no desenvolvimento e implementação da combinação de negócios entre a Portugal Telecom e a Oi".

Além de deixar o conselho da Portugal Telecom, Pacheco também saiu do conselho da Africatel Holdings.

ANATEL

Uma nova análise da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre a fusão entre a Oi e a Portugal Telecom só deve ocorrer caso a disputa entre os sócios resulte em mudança na participação acionária da CorpCo -empresa criada com a união das duas teles.

Enquanto isso, o governo não comenta o assunto oficialmente.

Nos bastidores diz apenas que vem acompanhando os desdobramentos à distância e que terá de aguardar um posicionamento final das empresas para se manifestar.

A nova avaliação pode ocorrer já que há chances dos sócios da Portugal Telecom (PT) receberem cerca de 8% menos ações da "nova Oi" do que o combinado no processo de fusão.

EMPRÉSTIMO

A mudança se deve ao "empréstimo" de € 897 milhões (R$ 2,7 bilhões) feito pela operadora portuguesa à empresa que controla o Banco Espírito Santo (BES), um dos sócios da PT -e, futuramente, da "nova Oi".

Oficialmente, a PT informou que usou o dinheiro para comprar, em abril (antes do anúncio da fusão), notas promissórias da Rioforte, dona do BES, que está em dificuldade financeira.

Parte dessas notas vencem em julho, e a Rioforte quer renegociar.


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