Folha de S. Paulo


Acordo da Alstom beneficia competitividade do grupo Bouygues

A Bouygyes ganhará mais força financeira para suportar seu negócio de telecomunicações por causa de um acordo fechado, no fim de semana, para vender a maior parte da fatia que detém da Alstom para o Estado francês.

Martin Bouygues, o bilionário de 62 anos que comanda o influente grupo de construção e televisão, venceu a disputa pela francesa Alstom apenas dois meses depois de perder a batalha para comprar a operadora rival SFR, da Vivendi.

A Bouygues há muito tempo tem visto sua fatia de 29% na Alstom, avaliada em cerca de US$ 2,31 bilhões, como periférica em sua estratégia.

Ela apoiou a venda do negócio de energia da Alstom para a General Electric desde que a companhia americana fez sua oferta, em abril.

Mas a posição da Bouygues ficou complicada depois que o governo francês começou a pressionar por uma oferta rival da alemã Siemens e da japonesa Mitsubishi Heavy Industries.

NEGÓCIO SATISFATÓRIO

No domingo (22), o Conselho da Alstom apoiou a proposta de união com a GE e a França garantiu uma opção para comprar 20% da Alstom da Bouygues depois de superar uma divergência sobre preço.

Apesar de alguns veículos da imprensa terem reportado que o governo forçou a Bouygues a vender, fontes próximas da empresa disseram nesta segunda-feira que a companhia estava confortável com o resultado porque obteve um preço razoável, enquanto garantiu um futuro promissor para a Alstom.

"A Bouygues obteve acesso a uma pilha de dinheiro e encontrou uma solução para a Alstom", disse uma fonte próxima à companhia.

"Também vai fazer com que as pessoas parem de dizer que a Bouygues precisa vender seu negócio de telecomunicações rapidamente, já que a venda da (fatia) na Alstom irá ajudar a pagar as dívidas e aliviar as questões financeiras."


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