Folha de S. Paulo


Montadoras fazem recall de mais 2,9 milhões de carros por falha em airbag

A Honda e outras montadoras japonesas anunciaram nesta segunda-feira o recall de mais 2,9 milhões de carros com airbags fornecidos pela Takata.

A convocação da Honda, que amplia um recall de abril de 2013, envolve cerca de 2,03 milhões de veículos no mundo, fabricados de agosto de 2000 a dezembro de 2005. Desse total, 668.582 estão nos Estados Unidos, e o restante, espalhados pelo mundo.

A Nissan anunciou o recall de 755 mil veículos globalmente, enquanto a Mazda disse que fará o recall de 159.807 veículos.

Com o anúncio, o total de veículos que tiveram o chamado anunciado nos últimos cinco anos, pelo problema no equipamento de segurança, chega a cerca de 10,5 milhões.

A Toyota já havia anunciado, na semana passada, o recall de 2,27 milhões de veículos pelo mesmo problema. No caso da Toyota, o problema também afeta 28.148 unidades do Corolla no Brasil.

FALHA

Os airbags, produzidos entre 2000 e 2002, apresentam risco de explodir e lançar estilhaços contra passageiros e motoristas.

O equipamento pode abrir de forma inadequada em caso de colisão frontal, com possibilidade de lesões ao passageiro. Segundo a Toyota, em casos remotos há o risco de incêndio e possíveis lesões graves, até mesmo fatais aos ocupantes do veículo.

A série de recalls cobre os airbags do lado de motoristas e passageiros, produzidos entre 2000 e 2002, pela segunda maior fabricante de peças de segurança automotiva do mundo. A soma total coloca este entre os cinco maiores recalls da história do setor.

O número deve crescer ainda. A Takata disse estar disposta a apoiar montadoras –incluindo Honda, Toyota, Chrysler e Ford– na substituição de certos sistemas de enchimento de airbags produzidos pela companhia entre 2000 e 2007 para veículos em algumas regiões com umidade elevada nos Estados Unidos.

Uma porta-voz da Takata disse não está claro qual será o impacto financeiro dos recalls.

A fornecedora descobriu erros de manutenção de registros em uma fábrica no México, onde os sistemas de enchimento possivelmente defeituosos foram fabricados em 2001 e 2002.

BRASIL

Sobre os carros comercializados no Brasil, a Honda Automóveis, em nota, afirmou que "está avaliando a situação das unidades comercializadas e se pronunciará tão logo os levantamentos sejam finalizados".

A Nissan informou que ainda está realizando a checagem sobre número de automóveis envolvidos no Brasil.


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