Folha de S. Paulo


Transmissão de dados vai turbinar PIB brasileiro em 0,5 ponto, diz Microsoft

O presidente da Microsoft no Brasil, Mariano De Beer, prevê que o aumento expressivo da transmissão de dados nos próximos anos poderá adicionar 0,5 ponto percentual ao PIB brasileiro. "O que é muito dinheiro", disse o executivo.

A cifra corresponderia a cerca de R$ 50 milhões ao ano. Beer se refere ao fenômeno conhecido no setor de tecnologia da informação e comunicação como "big data".

Segundo Beer, antes os dados eram prioritariamente de empresas. Agora, cada vez mais pessoas utilizam e compartilham dados com os adventos das redes sociais –tendência que será crescente nos próximos anos.

Além disso, diz, os profissionais que lidavam com transmissão de dados eram da área de tecnologia. Com as redes sociais, segundo Beer, pessoas de áreas comerciais, de marketing e vendas terão de analisar e classificar dados de pessoas e empresas para fazer negócios.

Fernando Lemos, vice-presidente de tecnologia da Oracle no Brasil, afirmou que com as redes sociais as pessoas passaram a disponibilizar seus dados pessoas, preferências e outras informações. Às empresas, diz, caberá mapear o perfil desses clientes em potencial.

4G

Carlos Manuel Baigorri, superintendente de concorrência da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), disse que a transmissão de dados entre pessoas no país vai crescer com a expansão da tecnologia 4G da telefonia móvel –mais veloz e com mais capacidade de tráfego de dados.

Um propulsor do 4G, prevê, será o leilão de uma nova frequência para o sistema, no segundo semestre. A Anatel vai conceder a frequência de 700 megahertz para a prestação desse serviço, o que irá baratear, segundo ele, o acesso ao 4G.

Isso porque, diz, nessa frequência as operadoras precisam investir menos em antenas para cobrir uma área maior –na faixa atual, há necessidade de maiores investimentos em cobertura.


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