Folha de S. Paulo


Combustível de aviação de cana deve obter certificado esta semana

A ASTM, certificadora internacional de padrões industriais, deverá aprovar nesta semana a certificação do primeiro querosene de aviação (QAV) de cana-de-açúcar.

Fabricado pela empresa Amyris Brasil em Brotas, interior de São Paulo, o combustível foi testado pela primeira vez em voo experimental da Azul, em 2012.

Neste primeiro momento, porém, o produto só poderá ser usado para abastecimento no exterior. Para que a venda no Brasil seja liberada, a certificação da ASTM, aceita internacionalmente, precisa ser validada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), em um processo que poderá levar 90 dias.

Edson Silva/Folhapress
A aeronave Embraer 195, da Azul, antes do voo com querosene de cana-de-açúcar, em 2012
A aeronave Embraer 195, da Azul, antes do voo com querosene de cana-de-açúcar, em 2012

"O processo de regulamentação abrange diversas etapas previstas nos regulamentos da agência e na legislação. Exige a discussão com agentes e instituições interessadas, avaliação prévia pela Procuradoria Geral da ANP, realização de consulta e audiência pública, nova avaliação jurídica pela Procuradoria e, por fim, apreciação pela diretoria colegiada. Ao final desse processo, a resolução, se aprovada, é publicada no Diário Oficial", explica a ANP, em nota.

QAVs de fontes alternativas custam até quatro vezes mais do que a versão de petróleo. No entanto, a meta do setor de redução de emissões de CO2 em 50% até 2050, tendo como referência as emissões de 2005, tem movimentado o setor. (MARIANA BARBOSA)


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