Folha de S. Paulo


Alta de preços de imóveis perde vigor no país

Os preços dos imóveis residenciais apresentaram variação anual de 9,3% em janeiro no país (dado mais recente), de acordo com o Banco Central.

O crescimento representa mais um capítulo na desaceleração de preços iniciada no começo de 2010, quando os valores cresciam a um ritmo acima de 20% ao ano.

CASA PRÓPRIA EM FOCO

Por outro lado, a alta hoje ainda está acima da inflação oficial.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou elevação de 5,59% nos 12 meses encerrados em janeiro.

A pesquisa do Banco Central, que apura os preços das residências novas e usadas, é feita a partir do valor de avaliação dos imóveis vinculados a financiamentos imobiliários em 11 regiões metropolitanas (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo).

Essas regiões são as mesmas que servem de base para a pesquisa do IPCA.

Considerando apenas a vendas de imóveis usados na cidade de São Paulo, os preços subiram 25,9% em 2013, segundo o Creci-SP Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).

Já as vendas de imóveis usados cresceram 29,8% na capital paulista.

O consumidor paulistano está menos confiante para adquirir um apartamento novo, segundo levantamento da imobiliária Lopes.

O índice que mede a confiança do cliente caiu 11,4% em fevereiro na comparação com o mesmo mês em 2013. Foram entrevistadas 647 pessoas interessadas em comprar um imóvel na capital paulista.

"Não dá para ser como no ano passado, quando se lançava de qualquer jeito e estava vendendo", diz Mirella Parpinelli, diretora da imobiliária Lopes.

"Não é coincidência que agora que o Brasil está patinando [no desempenho econômico], o mercado tenha dado uma travada", completa Bruno Vivanco, diretor da imobiliária Abyara Brasil Brokers. (DV)


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