Folha de S. Paulo


Despesas caem e ajudam Usiminas a lucrar R$ 222 milhões no 1º trimestre

A Usiminas divulgou nesta quinta-feira (24) o melhor resultado líquido desde o final de 2010, impulsionada em ganhos de desempenho operacional e apoiada em forte redução nas despesas financeiras e ganhos cambiais.

A companhia, maior produtora de aços planos do Brasil, teve lucro líquido de R$ 222 milhões no primeiro trimestre, revertendo resultado negativo de R$ 123 milhões sofrido um ano antes.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 648 milhões, mais que o dobro do obtido no mesmo período do ano passado. A margem passou de 9% para 21%.

A empresa, que desde 2012 vem promovendo medidas de ganho de competitividade que incluíram a venda de unidades com fraco desempenho, obteve o resultado apesar de queda de quase 10% no volume vendido de aço na comparação anual, para 1,437 milhão de toneladas.

Esse recuo nas vendas ajudou na queda dos custos com produtos vendidos de 12,2%, enquanto as despesas operacionais baixaram 21,6%.

O resultado financeiro negativo da companhia passou de R$ 236,15 milhões nos primeiros três meses de 2013 para R$ 18,06 milhões no início deste ano. Os efeitos cambiais positivos cresceram 28,6%, a R$ 64,8 milhões, enquanto as despesas financeiras tombaram quase 74%, para R$ 76,8 milhões.

Apesar da melhora do resultado, a companhia cita no balanço cenário adverso para a produção industrial brasileira, importante consumidora do aço da empresa.

"O cenário se mostra menos propício ao crescimento dos setores industriais ligados ao investimento, cuja expansão tem sustentado, até o momento, o crescimento do consumo de aço", afirma a Usiminas, citando falta de dinamismo da atividade econômica, pressões inflacionárias e aumento de juros.

"O crescimento do PIB no primeiro trimestre deve ser fraco. Os indicadores positivos da atividade econômica no início do ano, como o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) e a produção industrial, não se sustentaram ao longo do trimestre e devem apresentar taxas bem modestas de expansão", afirmou a Usiminas em seu balanço.


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