A General Motors disse ontem (15) que irá pedir a um tribunal de falências dos Estados Unidos para barrar o prosseguimento de ações judiciais contra a empresa por reclamações relacionadas a quaisquer processos antes da companhia ter entrado em concordata em 2009.
As reclamações geraram um recall de aproximadamente 2,6 milhões de veículos. O problema foi relacionado a mortes de pelo menos 13 pessoas.
No documento que será entregue a uma corte americana, a fabricante pede que a juíza responsável pelo caso suspenda todos os litígios relacionados ao defeito e que espere as decisões de outros tribunais sobre o pedido de falência sejam anunciadas.
Para tanto, a montadora contratou o mesmo advogado que cuidou do fundo para as vítimas do ataque às Torres Gêmeas, do bombardeio na Maratona de Boston e do derramamento de petróleo da BP (empresa petroleira britânica), Kenneth Feinberg.
Com o esse movimento, a GM tenta limitar a sua responsabilidade jurídica nos casos.
RECALL
Em fevereiro, a General Motors iniciou um recall mundial de 1,6 milhão de veículos, por um problema na ignição que poderia desligar o motor e o sistema de energia, o que, por sua vez, poderia afetar o airbag.
O problema, que afetou modelos produzidos de 2003 a 2007 e vendidos nos EUA, teria sido descoberto em 2004.
Os modelos chamados são Pontiac (Pursuit, G5 e Solstice), Saturn (Ions e Sky) e HHR –nenhum deles comercializado no Brasil. O Chevrolet Cobalt também registrou a falha, mas o modelo americano não é o mesmo do vendido no Brasil.