Folha de S. Paulo


Folha lança ferramenta para monitorar protestos e greves

A menos de dois meses para o início da Copa, dez das principais cidades do país têm registrado uma média de cinco protestos a cada dia. Além disso, somente nas duas últimas semanas, 17 categorias cruzaram os braços nessas mesmas metrópoles.

Esse termômetro de manifestações e de greves estarão reunidos no "protestômetro", ferramenta que entra no ar a partir desta segunda-feira (14) no site da Folha. Com ele, os leitores terão informações diárias sobre a quantidade de protestos e de manifestações, além de um resumo dos fatos ocorridos em cada uma dessas dez cidades.

Integram a lista do "protestômetro": São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Campinas. Elas são as principais cidades das dez maiores regiões metropolitanas do país.

O site será alimentado diariamente pela jornalista Cristina Camargo, a partir de informações de polícias, órgãos de trânsito, movimentos sociais, sindicatos e da própria imprensa, entre outros.

O monitoramento do "protestômetro" começou há duas semanas. Nesse intervalo, foram 66 protestos nessas dez cidades, além de 17 paralisações por aumento salarial e melhores condições de trabalho.

Editoria de Arte/Folhapress

São Paulo e Rio de Janeiro lideram o número de protestos no período, com 15 e 13 manifestações, respectivamente. Destaque para o aniversário de 50 anos do golpe militar, no início do mês, que levou centenas de pessoas para as ruas em todo o país.

Além de protestos, Copa e Olimpíada têm provocado paralisações. Exemplo disso são os trabalhadores do Parque Olímpico, no Rio, que cruzaram os braços por tíquete alimentação de R$ 300 e plano de saúde extensivo às famílias.

No caso da Copa, as greves de operários da construção civil prejudicaram o cronograma de obras em Fortaleza e Curitiba.

Manifestações provocadas por problemas locais também são comuns. Em São Paulo, moradores e comerciantes do Cambuci protestam contra a implantação de faixas exclusivas para ônibus. Já no Recife, militantes de movimentos sociais saíram às ruas para demonstrar, entre outras questões, a insatisfação com os ataques de tubarões.

Alguns protestos terminaram em confronto. Em Fortaleza, um motorista teve parte do corpo queimado numa manifestação de camelôs contra a retirada de barracas da rua. Em Porto Alegre, acabou em depredação um ato contra o aumento na tarifa de ônibus.

Editoria de Arte/Folhapress

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