Folha de S. Paulo


Funcionária da USP declara parceira como dependente no IR

Em união estável desde 2007 e casada desde 2012, Silmara Santos, 55, declara a companheira como sua dependente na declaração do IR. Ela diz que incluir Neusa, 55, em sua declaração foi um alívio para o bolso, já que ajudou a reduzir o imposto.

Funcionária pública há 25 anos e apenas com mais um dependente -um irmão que tem esquizofrenia-, Silmara conta que pagava um valor alto de imposto e recebia uma restituição pequena.

"Meu salário é considerado alto e não tenho muitos gastos para abater. Meu tratamento de saúde é gratuito, por ser funcionária da USP [Universidade de São Paulo]. Incluir a Neusa ajudou a diminuir o prejuízo", diz.

As três filhas de Silmara, de um casamento de 14 anos com um homem, têm suas próprias rendas.

Neusa, por sua vez, é voluntária na Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, onde ajuda a organizar o evento.

Silmara acha que não há confusão sobre o direito conquistado pelos homossexuais em 2011, quando a Receita passou a permitir que casais em união estável há mais de cinco anos declarassem os parceiros como dependentes.

"Quando você faz a solicitação, te olham uma segunda vez. Mas não tem problema, é só ter o conhecimento da lei e passar isso para outras pessoas."

Zé Carlos Barreta/Folhapress
Silmara de Souza Santos (esq.), que declara sua companheira, Neusa Santos, como dependente no IR
Silmara de Souza Santos (esq.), que declara sua companheira, Neusa Santos, como dependente no IR

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