Em greve, operários das obras do Comperj, um projeto de refino da Petrobras, realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (6), em frente aos portões da unidade. Durante o ato, os manifestantes incendiaram um ônibus utilizado para azer o transporte dos empregados.
Segundo a Polícia Militar, ninguém ficou ferido e o policiamento no local e nas vias de acesso ao complexo foram reforçados a fim de evitar novos atos de violência.
Os trabalhadores, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Plano da Construção, Montagem a Manutenção de São Gonçalo, Itaboraí e Região, reivindicam reajuste salarial de 11,5% e aumento do vale-alimentação para R$ 450.
Já o Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do Rio, que representa as empresas contratadas pela Petrobras para realizar as obras, ofereceram aumento de 7%.
A estimativa é de que 70% dos 28 mil trabalhadores do Comperj tenham aderido à greve.
Na segunda-feira, será realizada nova para definir a continuidade do movimento. O Tribunal Regional do Trabalho considerou a
greve ilegal.
Procurada, a Petrobras disse que "acompanha as negociações entre os representantes dos trabalhadores e das empresas e espera um desfecho adequado para ambas as partes." A estatal afirmou ainda que "vai avaliar possíveis impactos ao empreendimento após a normalização dos trabalhos para implementar medidas mitigadoras, se necessário".