Dados da FGV indicam que os empresários da construção civil não esperam um grande impacto das concessões no setor neste ano. O índice de confiança do setor teve nova retração no trimestre de dezembro a fevereiro, medido pela fundação.
A retração no indicador foi de 3,1%, levemente mais branda do que no período anterior, e refletiu uma piora sobretudo nas perspectivas para os próximos seis meses.
Das 698 empresas ouvidas na sondagem, 37,5% acreditam em melhora adiante. No mesmo trimestre do ano passado, eram 41,7%. Aumentou também o grupo dos que esperam uma piora, de 3,4% para 5,8% na mesma comparação.
O indicador só não veio pior porque também houve avanço no percentual das empresas que enxergam a situação melhor atualmente, que foi de 25% para 26,7% do total das ouvidas.
Os dados de confiança costumam ser um termômetro para o nível de investimento. Indicam a disposição dos empresários em comprar máquinas, ampliar a operação e contratar.
O baixo nível de confiança da economia em geral foi apontado como uma das travas do crescimento do ano passado.
Para a sondagem de construção, a FGV ouviu 698 companhias dos segmentos de preparação de terrenos, construção de edifícios e obras civis, de obras de infraestrutura, de obras de instalação, de acabamento e de aluguel de equipamentos de construção.