O governo revisou para baixo o crescimento previsto para a economia brasileira neste ano, de 3,8% para 2,5%. Ainda assim, a projeção é mais otimista do que a de analistas do mercado.
A expectativa central dos economistas é de uma expansão de 1,79% em 2014, segundo a pesquisa semanal do Banco Central.
Mas indicadores recentes da atividade sugerem que o ano começou em marcha lenta. A produção de veículos caiu 18% em janeiro, ante o mesmo mês de 2013.
Além disso, o menor dinamismo no final do ano passado gera uma herança mais fraca para o PIB deste ano, que começa com menor impulso de alta.
Isso levou analistas a rebaixar a previsão de crescimento de 2014 nos últimos dias para até 1,2%.
O economista Tony Volpon, da Nomura, afirma que o PIB no quatro trimestre pode ter sido negativo, o que, se confirmado, "configuraria uma recessão técnica".
"Mas a piora substantiva das condições financeiras [como aumento dos juros e queda da Bolsa] deve recair com mais intensidade sobre a atividade no segundo semestre deste ano", disse.
O governo prevê inflação mais baixa (5,3%), ante projeção de 5,9% do mercado.