Folha de S. Paulo


Abrir empresa ficará mais fácil a partir de julho, diz ministro

A Rede Sim, o sistema integrado para abrir uma empresa, deve começar a funcionar em julho, de acordo com o ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Segundo ele, a Serpro (o serviço de processamento de dados do governo federal) "prometeu que em junho o sistema fica pronto". O plano é testar a rede em Brasília, onde a Junta Comercial é gerida pela União.

Depois disso, afirma, Estados mais avançados no processo devem adotar a rede. Ele cita Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Em São Paulo, diz, isso ainda deve demorar -apesar de já existir um sistema integrado de licenciamento que está sendo incorporado ao projeto nacional. "O problema é que ele só tem 20 municípios. Era preciso um esforço do governo estadual para integrar os outros", diz Afif, que é vice-governador do Estado.

Hoje, ao abrir um negócio no formato de micro ou pequena empresa, o responsável precisa tirar CNPJ na Receita, Nire na junta comercial do Estado, inscrição estadual, inscrição municipal, licença do Corpo de Bombeiros etc.

"Hoje é preciso fazer um número para cada um desses requisitos, pagar uma taxa em cada uma dessas instâncias e ir a vários balcões diferentes. É uma via-sacra", reconhece Afif.

Juliano Seabra, diretor da Endeavor, organização para apoiar novos negócios com potencial de crescimento, afirma que os empreendedores já têm dificuldades como buscar investimento, contratar pessoas e vender.

"Eles têm que equilibrar vários pratos no ar. Burocracia não deveria ser um deles."

Ele cita que é frequente haver uma sequência de erros.

"Imagine um empresário iniciante tendo que passar por oito guichês. E ele vai errar porque não conhece a regra. O dinheiro e o tempo dele deveriam ser usados para fazer o negócio rodar."


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