Folha de S. Paulo


Plano diz que reajuste é fruto de novas tecnologias e mais idosos

A Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) diz que o reajuste da mensalidade dos planos de saúde "se faz necessário para viabilizar a cobertura pelas operadoras, considerando a incorporação de novas tecnologias e incremento de procedimentos" determinados pela ANS.

Além disso, a associação que reúne planos de saúde afirma que "a maior demanda característica da população mais idosa" também encarece o custo, repassado aos consumidores.

Eulina Nunes dos Santos, do IBGE, também afirma que o envelhecimento da população é um argumento apresentado pelas operadoras na hora de pleitear o reajuste. "A população, de fato, envelhece e necessita de mais cuidados na área de saúde."

Segundo a Abramge, o setor privado de saúde brasileiro realiza cerca de um bilhão de procedimentos ao ano. São 300 milhões de consultas médicas, 550 milhões de exames e 7,2 milhões de internações.

Já Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa os 17 principais grupos do setor, diz que "no Brasil e em todo o mundo, os custos médico-hospitalares, ou seja, a inflação médica, é muito superior à inflação que mede os demais preços da economia."

Para a entidade, o fato de a ANS usar a média dos contratos coletivos para referenciar o reajuste dos planos individuais não puxa para cima o custo do serviço. "Muito pelo contrário. Muitas vezes, o reajuste autorizado para os planos individuais não é suficiente para cobrir os custos assistenciais de uma determinada carteira de clientes", diz, em nota.

Isso, afirma, tem tornado "insustentável a permanência de algumas empresas no mercado de planos de saúde individuais."


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