O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, acompanha o bom humor dos mercados internacionais e registra alta nesta quarta-feira (15), após o Banco Mundial ter elevado suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) global pela primeira vez em três anos.
Às 11h25 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha valorização de 0,37%, a 49.888 pontos. O índice era estimulado pelo ganho das ações mais negociadas da Petrobras, de 0,50%, no mesmo horário. Ontem, a empresa confirmou que reajustou os preços do óleo combustível em 15% no final de dezembro.
O avanço do Ibovespa também era estimulado pela valorização das ações do setor financeiro, com destaque para os papéis da BM&FBovespa, administradora da Bolsa brasileira, que subiam 1,76%, às 11h25. As ações da BB Seguridade também estavam no azul, com valorização de 1,66%.
Os investidores operam hoje com expectativa pelo desfecho da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, nesta noite. A autoridade vai definir o rumo da taxa básica de juros brasileira, a Selic, atualmente em 10% ao ano. As apostas estão divididas entre um aumento de 0,5 ponto percentual e uma elevação de 0,25 ponto percentual.
No exterior, o Banco Mundial elevou suas projeções para o crescimento global em 2014 para 3,2%. A instituição, no entanto, voltou a cortar suas estimativas para países em desenvolvimento, como o Brasil, que devem ter crescimento médio de 5,3% neste ano, ante 5,6% previstos em junho.
A projeção para o Brasil é de aumento de 2,4% no PIB de 2014, frente o avanço de 2,2% previsto anteriormente. A instituição ressaltou ainda que o ano eleitoral no Brasil deve dificultar a implementação de medidas necessárias para o período de "aperto financeiro global".
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,07% em relação ao real, às 11h25, cotado em R$ 2,351 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedia 0,21%, também a R$ 2,351.
Mais cedo, o Banco Central do Brasil promoveu sua intervenção programada no mercado de câmbio, que ocorre diariamente através da venda de 4 mil contratos de swaps cambiais tradicionais. Hoje, esta operação movimentou US$ 197,9 milhões.