Folha de S. Paulo


Bolsa segue bom humor externo e sobe, com ajuda do setor de telefonia

Amparado no bom desempenho do mercado americano, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registra alta nesta tarde de terça-feira (14). Os ganhos no exterior refletem indicadores positivos e resultados de empresas melhores que o esperado.

Às 16h (de Brasília), o Ibovespa tinha valorização de 0,67%, a 49.758 pontos. O avanço era sustentado pela valorização do setor de telefonia, com as ações mais negociadas da Oi subindo 5,37%, enquanto os papéis da TIM têm ganho de 1,13%.

Ao vivo: acompanhe os destaques do mercado e as análises de especialistas
Folha responde as dúvidas de leitores sobre investimento; envie a sua

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu aprovar a união da Oi com a Portugal Telecom, sem restrições. A fusão dá origem à CorpCo, multinacional com cerca de 100 milhões de clientes.

Já os papéis da TIM refletem a notícia de que Carlos Slim, controlador da América Movil, que é dona da Claro, pode fazer uma oferta pela companhia, segundo noticiou a agência italiana de notícias Ansa.

"O mercado está até agora digerindo o payroll [relatório de emprego dos EUA], divulgado na última sexta-feira", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

O indicador veio bem pior que o esperado, o que alimentou expectativas de que o Fed (banco central americano) pode frear a retirada do estímulo nos EUA, o que adia um enxugamento no volume de recursos disponíveis para investimento nos emergentes, como o Brasil.

Os bancos americanos Wells Fargo e JP Morgan divulgaram hoje seus resultados, que agradaram os investidores, ajudando a manter as Bolsas dos EUA no azul.

Além disso, as vendas no varejo americano subiram mais que o esperado em dezembro, com crescimento de 0,7%, sugerindo que a economia ganhou fôlego no fim do ano passado e que caminha para um crescimento mais forte em 2014.

Aqui, os investidores operam na expectativa pelo desfecho da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, que começou hoje e termina amanhã. Parte do mercado acredita na elevação da Selic em 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano, mas outra parcela aponta para um aumento de apenas 0,25 ponto percentual no juro básico.

CÂMBIO

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,25% em relação ao real, às 16h, cotado em R$ 2,353 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,21%, a R$ 2,356.

Pela manhã, o Banco Central do Brasil promoveu sua intervenção programada no mercado de câmbio, que ocorre diariamente através da venda de 4 mil contratos de swaps cambiais tradicionais. Hoje, esta operação movimentou US$ 198 milhões.


Endereço da página:

Links no texto: