Folha de S. Paulo


Folhainvest responde: Não tenho dívidas. Aplico R$ 5.000 por mês em previdência ou Tesouro?

A pergunta foi enviada pelo leitor D.A., de São Paulo (SP).

RESPOSTA DO EDUCADOR FINANCEIRO MAURO CALIL - Caro leitor, parabéns por começar 2014 sem dívidas. Dentro das duas alternativas apresentadas -planos de previdência ou Tesouro Direto, em que você aplica por conta própria-, tenho a dizer que prefiro a segunda opção.

Nela, você economizará as taxas de administração e de carregamento, incidentes nos planos de previdência privada, e essa economia fará diferença no futuro.

Ao fazer essa escolha, porém, você terá de acompanhar e administrar sua carteira de investimentos, uma tarefa nem sempre simples e que exigirá algum estudo e um esforço de atualização da sua parte.

Ou seja, você terá de acompanhar os movimentos e as tendências da economia, especialmente em relação ao juro básico (a taxa Selic) -atualmente em 10% ao ano e com tendência de alta- e à inflação (pelo IPCA, índice oficial do governo).

Isso porque o juro básico e os índices de preços têm relação direta com a remuneração dos papéis do Tesouro Direto.

Além disso, caso opte por investir sozinho, sugiro ainda que observe a possibilidade de incluir CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) em seu portfólio. Assim, você diversifica as aplicações, ao mesmo tempo em que busca maior rentabilidade em médio e longo prazos.

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Quero sair da poupança. Vou para previdência?
A.C., de São Paulo (SP)

RESPOSTA - Os planos de previdência complementar (ou privada) só pagarão a você após um período mínimo de aportes.

Assim, antes de decidir, sugiro que use os simuladores das instituições financeiras e converse com os representantes comerciais para verificar qual o período mínimo de aporte que seria necessário a você em um plano de previdência e qual o valor a ser recebido de forma vitalícia.

Feito isso, compare com a rentabilidade que você teria investindo os mesmos recursos em outras alternativas que podem gerar rendimentos em prazos mais curtos que os da previdência, como CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e títulos do Tesouro.


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