Folha de S. Paulo


JPMorgan pode escapar de acusações do caso Madoff se cumprir acordo

Um juiz federal dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira (9) um acordo entre o JPMorgan Chase & Co e promotores dos EUA, para resolver acusações de que o banco violou leis anti-lavagem de dinheiro.

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O JPMorgan é acusado de não alertar as autoridades sobre sinais de fraude nos negócios do ex-presidente da Bolsa Nasdaq Bernard Madoff. Ele desenvolveu durante décadas um esquema de pirâmide, que movimentou até US$ 65 bilhões.

O acordo, que diferiu as acusações criminais contra o banco até 8 de janeiro de 2016, exige que o JPMorgan pague uma multa de US$ 1,7 bilhão e aprimore seus controles anti-lavagem de dinheiro. Caso se adeque aos termos até a data definida, os promotores podem descartar as acusações contra o banco.

Kevin Castel, juiz distrital dos EUA, aprovou o acordo de acusação diferida durante uma curta audiência dizendo que acredita "que a necessidade de exigir intervenção judicial para proteger a integridade do processo é desnecessária".

Comparecendo para representar o banco, o conselheiro-geral do JPMorgan, Steven Cutler, declarou "inocência" sobre duas acusações criminais de violar a legislação norte-americana.

Madoff está cumprindo uma sentença de 150 anos de cadeia depois de admitir culpa no caso em março de 2009.


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