Folha de S. Paulo


Bolsa opera no vermelho com dados fracos da China; Petrobras e Vale pesam

Pressionado por dados negativos da economia chinesa e pelo desempenho ruim de ações de importantes companhias, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera no vermelho nesta segunda-feira (6).

Às 11h50 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha desvalorização de 0,36%, a 50.796 pontos. Segundo analistas, o desempenho também é reflexo de uma correção à alta que o índice apresentou na última sexta-feira, quando os investidores ajustaram suas aplicações na Bolsa antes de começar a valer a nova composição do Ibovespa, que entrou em vigor hoje.

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A desvalorização dos papéis mais negociados de Petrobras (-0,66%) e Vale (-0,57%), às 11h51, ajudava a sustentar a queda do Ibovespa nesta manhã. Juntos, estes dois papéis representam mais de 16% do índice.

Também em queda, as ações da TIM devolviam parte do forte ganho de mais de 10% registrado na sexta-feira e, às 11h53, caíam 2,83%. A espanhola Telefônica negou hoje que esteja envolvida na preparação de uma oferta conjunta pela TIM, a operadora móvel brasileira da Telecom Italia. O rumor sobre o negócio fez as ações dispararem na semana passada.

Na ponta positiva do Ibovespa, ganhavam destaque às 11h54 duas das seis novas ações que começaram a fazer parte do índice nesta segunda-feira: Qualicorp, com alta de 1,51%, e Estácio Participações, com avanço de 1,48%. Veja a lista completa aqui.

Além do cenário corporativo, o mercado repercute negativamente os dados da pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do HSBC/Markit sobre o setor de serviços da China, que levantaram preocupações em relação ao ritmo da recuperação do país ao cair para 50,9 em dezembro, menor nível desde agosto de 2011, ante 52,5 em novembro.

CÂMBIO

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha leve desvalorização de 0,01% em relação ao real, às 11h55, cotado em R$ 2,380 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,33%, a R$ 2,382.

O Banco Central realizou mais cedo um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A operação estava prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio. Ao todo, o BC vendeu 4 mil contratos com vencimento em 2 de maio de 2014, por US$ 199,1 milhões.

Com Reuters


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