Folha de S. Paulo


Empresas aéreas dizem que melhoria depende do governo

As empresas aéreas brasileiras divulgaram nota neste domingo (5) rebatendo a possibilidade, anunciada em entrevista à Folha pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, de permitir às empresas estrangeiras a operação de voos domésticos.

A medida seria uma forma de conter um eventual "aumento abusivo" no preço das passagens durante a Copa do Mundo.

Para ministra, aéreas estrangeiras poderão operar na Copa se houver abuso
Preços atuais de passagens para o Mundial variam até 176%

"O setor aéreo brasileiro tem mantido diálogo constante com o governo federal", diz a nota. Para a associação, a melhoria das operações aéreas domésticas envolve não apenas os esforços das companhias, "mas o avanço da infraestrutura aeroportuária e a revisão do sistema de tributação do combustível, 30% mais alto do que em outros países".

A associação "ressalta também que a oferta de voos durante a Copa ainda está em discussão".

Em dezembro, as companhias aéreas enviaram à agência reguladora do setor, a Anac, propostas para atender à demanda no período, com previsão de aumento de voos para as cidades-sede. A agência afirmou que pretende atender a todos os pedidos, a depender das limitações dos aeroportos.

A decisão sobre o aumento de voos deve sair neste mês e, segundo a nota da Abear, "terá impacto na quantidade e preço das passagens". A associação, no entanto, não precisou se esse impacto será a redução nas tarifas aéreas.

Segundo a assessoria de imprensa da associação, se os pedidos de ampliação da malha forem atendidos, "a expectativa das empresas" é de que os preços caiam. No entanto, segundo a entidade, há outros fatores que afetam o custo das empresas, o que impede uma definição sobre os preços antes de uma resposta da Anac.


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