Folha de S. Paulo


Motorista ganhou com uso de álcool em 2013, mostra pesquisa da Folha

Com o aumento do preço da gasolina em 2013 -de R$ 2,800 para R$ 2,867, entre 22 de fevereiro e 27 de dezembro, segundo pesquisa Folha com cerca de 50 postos em São Paulo-, o etanol ficou financeiramente mais vantajoso.

Para compensar para o consumidor, o álcool precisa custar, no máximo, 70% do valor da gasolina. Hoje, considerando os preços médios praticados nos postos da capital paulista (sendo R$ 1,936 o do litro do etanol), essa relação está em 67,5%. Em fevereiro, era de 69,3%.

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Esse cálculo precisa ser observado porque o álcool tem rendimento menor que a gasolina. Ou seja, com o etanol, o carro roda menos quilômetros por litro de combustível do que com gasolina.

CARROxTÁXI

A página do "Folhainvest" na internet oferece uma calculadora que permite saber a partir de quantos quilômetros por dia rodados em São Paulo vale mais a pena para consumidor manter um carro próprio a andar de táxi.

Calculadora: veja se vale a pena ter carro ou andar de táxi

Além do preço dos combustíveis -é possível fazer as contas tanto para veículo a gasolina quanto a álcool-, a calculadora, desenvolvida para a Folha pelo economista Samy Dana, da FGV, considera outros custos de manutenção do carro, como licenciamento, seguro, IPVA (imposto) e estacionamento, além da depreciação.

O quadro ao lado traz simulações considerando carros de R$ 35 mil e R$ 100 mil.

No primeiro caso, é preciso rodar a partir de 19 quilômetros por dia para que compense financeiramente ter um veículo próprio. E, no segundo, 48 quilômetros.

Em fevereiro, quando o preço médio dos carros era menor -R$ 30 mil o de pequeno porte e R$ 75 mil o grande-, a quilometragem mínima necessária por dia era menor: 17 km e 35 km, respectivamente.

"Quanto mais caro o carro, maiores os custos, com seguro, por exemplo, e a depreciação do bem em valores absolutos. Por isso, é preciso rodar mais para que a despesa seja compensada", diz Dana.

Rodrigo Vazquez, planejador financeiro, diz que, em São Paulo, um dos principais fatores que encarecem o uso do carro é o estacionamento.

"Perto dos centros financeiros, há alguns que cobram R$ 30 a primeira hora."

Para o educador financeiro Mauro Calil, porém, o ideal é ter um veículo para a família para emergências, especialmente se houver criança pequena. "A questão a ser avaliada é se compensa financeiramente comprar o segundo carro. Aí é preciso fazer a conta."


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