O aumento da alíquota de IPI de móveis, de 3,5% para 4%, a partir de janeiro, deve ser repassada para o consumidor.
"Não é muito, mas vai ter que ser repassado. As matérias primas, a mão de obra e o imposto aumentaram, não tem como fazer milagre", diz Daniel Lutz, presidente da Abimóvel, associação que reúne os fabricantes do setor.
O anúncio de aumento da alíquota para móveis e matérias-primas como aglomerados, painéis de madeira e laminados pegou a indústria de surpresa.
A Abimóvel diz que em setembro obteve do ministro Guido Mantega a promessa de que a alíquota ficaria em 3,5% definitivamente. No passado, o IPI já foi de 5% para móveis, aglomerados e painéis de madeira. E de 15% no caso de laminados.
"É uma surpresa esse aumento", diz Lutz. "O ministro falou em cadeia nacional que não haveria mais aumentos e ficou claro, na época, que o imposto não ia mais subir."
A entidade quer aguardar o fim do período de festas para marcar um encontro com o governo. "Queremos conversar para ver o que houve ou se foi algum mal entendido."