A confiança do consumidor voltou a cair em dezembro, depois de ter se recuperado um mês antes do Natal.
O comércio já admite que as vendas estão "mornas" antes mesmo de divulgar o balanço deste ano, previsto para esta quinta-feira. Algumas redes anunciam saldão a partir dessa data, ou seja, 24 horas após a comemoração do dia 25 se encerrar.
Os resultados são mostrados no INC (Índice Nacional de Confiança), realizado pela Associação Comercial de São Paulo em parceria com o Instituto Ipsos.
O índice de confiança teve queda de 4 pontos neste mês: passou de 147 pontos em novembro para 143, segundo o levantamento feito entre os dias 5 e 13 em 70 cidades do país. Quantos mais alto for o indicador, maior é o otimismo do consumidor; ele pode variar de 0
a 200 pontos.
Segundo Rogério Amato, presidente da associação comercial, os dados de dezembro do INC "sinalizam que o Natal foi morno e que a confiança do consumidor voltou aos patamares verificados a partir da metade do ano".
Em junho e julho, meses em que as vendas foram afetadas pelos protestos que ocorreram principalmente em São Paulo, o índice chegou a 138 e 137 pontos, respectivamente.
Em agosto (139) e setembro (135), também se manteve nesse patamar. Em outubro, chegou a 142.
Na sondagem da Fecomercio SP, divulgada na sexta-feira, os lojistas do segmento de vestuário e eletroeletrônicos já se diziam mais pessimistas com o Natal deste ano e esperam desempenho 3% inferior ao do resultado do ano passado.
A queda de confiança do consumidor e as incertezas na economia, que afetam os investimentos dos empresários, são as principais explicações para o desânimo do comércio.
SALDÃO
Com a previsão de um Natal mais fraco neste ano, algumas redes anunciam saldão com descontos de até 60%, na quinta-feira ou a partir dessa data por um prazo que, dependendo da loja, pode se estender até janeiro. Entre eles: Extra Hipermercados, Ricardo Eletros, Lojas Americanas, Walmart e shoppings como o Metrô Tatuapé e Boulevard Tatuapé.
Em janeiro, a temporada de promoções deve se ampliar com shoppings (como Boa Vista e Penha), além do Magazine Luiza.
Colaborou o "Agora"