Embora o câmbio no Brasil seja flutuante, o Banco Central não deve deixar a moeda americana superar os R$ 2,70 no próximo ano, afirma Fernando Bergallo, diretor de câmbio da TOV Corretora.
Em entrevista em vídeo ao "Folhainvest", Bergallo afirma que o BC não deve deixar o mercado ir acima dessa banda. "Hoje, a gente enxerga que a banda de equilíbrio, que não agrada a todos, mas também não desagrada a todos, é entre R$ 2,20 e R$ 2,30. Isso seria o desejado pelo governo. Abaixo disso prejudica o exportador, prejudica a indústria, e acima pressiona a inflação", afirma.
Segundo ele, no próximo ano continuarão presentes os fatores que pressionaram a moeda americana em 2013 acrescidos de outros, entre eles eleições e a perspectiva de rebaixamento da nota de crédito brasileira pelas agências de classificação de risco.
"É dado como certo o rebaixamento da nota do Brasil. Não se sabe se antes ou depois da eleição, e isso vai afetar em cheio também o mercado de câmbio e juros", diz.
No cenário doméstico, a indefinição em torno da dimensão do corte dos estímulos concedidos pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) vai pautar os investidores.
"Você vai ter menos dólares no mercado internacional e, com isso, o preço dele sobe não só no Brasil, mas em relação a todas as outras moedas de emergentes", ressalta.
SEMANA
O "Folhainvest" continua abordando temas referentes à moeda americana no restante da semana. Na quarta-feira (25), Fernando Bergallo fala sobre as diferenças entre os dólares negociados no Brasil –turismo, comercial e à vista.
Já na sexta-feira o especialista em câmbio mostra como investir usando a moeda americana.
Confira a íntegra do vídeo abaixo:
