Folha de S. Paulo


Marcas de cachaça de MG se unem para elevar vendas

Produtores de cachaça da região de Salinas, no norte de Minas Gerais, vão tentar convencer revendedores a pagar R$ 3.000 para serem distribuidores autorizados das bebidas feitas na área.
A intenção é ampliar no mercado a presença de pequenos produtores, que têm dificuldades para, sozinhos, encontrarem compradores.

No ano passado, o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) decidiu que só as destilarias da região podem usar a marca Salinas.

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Pedro Vilela/Divulgação/Agencia i7
Eilton Santiago Soares, produtor da Cachaça Canarinha
Eilton Santiago Soares, produtor da Cachaça Canarinha

Os revendedores poderão usar a identificação, mas terão de dedicar um espaço para a marca. Terão também de comprar um kit inicial com 12 garrafas de cada um dos 21 produtores –no total, o investimento será de até R$ 12 mil. Em troca, terão desconto de nas compras seguintes.

O objetivo é fechar acordo com 80 revendedores –que terão exclusividade em uma área com até 2 milhões de habitantes. A meta é elevar a a produção atual em 40%, para 4,5 milhões de litros de cachaça, em 2015.

"O que queremos é posicionar melhor a cachaça no Brasil", afirma Filomeno Oliveira Junior, do Sebrae Minas, que prestou consultoria para a Apacs (Associação dos Produtores Artesanais da Cachaça de Salinas).

José Lúcio Ferreira, presidente do Centro Brasileira de Referência da Cachaça, concorda que a distribuição é o maior gargalo dos produtores, mas diz que eles precisam investir mais em marketing. "Não adianta colocar o produto na prateleira e não fazê-lo girar."


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