Folha de S. Paulo


BMW vai produzir modelo Mini em fábrica de SC

Além de carros da própria marca, a BMW revelou que irá produzir veículos da subsidiária Mini na fábrica que o grupo começou a erguer em Araquari (SC).

Serão feitos inicialmente cinco modelos. O primeiro será o sedã Serie 3, a partir de outubro de 2014, meses depois entram os utilitários esportivos X1 e X3, além do hatch Serie 1. Já o jipinho Mini Coutryman será nacionalizado apenas em 2015.

A produção local, porém, não deve trazer grandes vantagens ao consumidor. "Nossos preços já são competitivos", disse à Folha Arturo Piñeiro, presidente da BMW.

Fruto de um investimento de cerca de R$ 1 bilhão, a fábrica tem capacidade para 32 mil unidades por ano, todas destinados ao mercado local.

Alexandre Rezende/Folhapress
Mini Cooper Countryman, que será fabricado em Santa Catarina
Mini Cooper Countryman, que será fabricado em Santa Catarina

A montadora também apresentou em Santa Catarina o seu primeiro carro flex, para mostrar sua capacidade tecnológica e de adaptação ao gosto do brasileiro. O sedã 320i Active Flex (R$ 129.950) é o primeiro veículo turbo com injeção direta bicombustível do mundo.

Em um segundo momento, a BMW pretende ampliar a sua gama de produtos nacionalizados. Um dos candidatos seria a nova geração do Mini Cooper, recém-apresentada no exterior.

A BMW foi a primeira montadora de luxo a decidir pela fábrica nacional, na esteira do crescimento do mercado e das restrições impostas a importados pelo governo.

O anúncio foi feito no início deste ano e inaugurou uma série de investimentos de concorrentes. Audi, Mercedes e Land Rover também produzirão carros de passeio no Brasil.

Em campanha publicitária veiculada nesta segunda-feira, a empresa faz uma série de elogios ao Brasil e afirma discordar daqueles que questionam a capacidade do país.

"Nenhum país hoje no mundo pode escolher um caminho que não passe pelo Brasil. Nada mais natural do que a BMW estar aqui", diz o texto do anúncio.

Estudo da marca aponta que o mercado de automóveis de luxo no país irá mais do que dobrar de tamanho até o fim da década, passando dos atuais 50 mil unidades anuais para cerca de 120 mil.

O repórter FELIPE NÓBREGA viajou a convite da BMW


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