O presidente da AEA (Associação dos Engenheiros Automotivos), Antônio Megale, afirmou que o governo deveria ter anunciado antes a intenção de adiamento.
Segundo ele, a divulgação tardia afeta decisões sobre orçamento e investimento das empresas do setor.
Teste de colisões mais duro barra adiamento de airbag
Regra atingiria 80% da produção no ano que vem, propõe Mantega
"Entendemos que o momento é complicado, pela proximidade do fim do ano. Tenho certeza que todas as empresas estão reavaliando suas programações", afirmou o executivo, que também é diretor de assuntos governamentais da Volkswagen.
Embora já tenha como certa a revisão do prazo, Megale diz ser necessário aguardar a publicação da nova norma para ter mais definições.
O executivo sinalizou, contudo, que a Kombi deve continuar a ser fabricada caso a mudança seja oficializada pelo governo. Segundo a Folha apurou, a VW estuda permitir que clientes que compraram a edição de despedida da Kombi devolvam o modelo caso a produção continue.
Para Alejandro Furas, diretor técnico do Global NCAP (programa de avaliação de veículos novos), adiar a obrigatoriedade de airbags e ABS garantirá a venda de carros inseguros.
"Os últimos testes do Latin NCAP demonstraram que os fabricantes de carros podem construir veículos com bom nível de segurança. As empresas têm de oferecer no Brasil a mesma proteção que proporcionam a seus clientes em outras partes do mundo", diz.