Depois de figurar na lista das economias que mais cresceram no segundo trimestre, o Brasil agora é destaque pelo resultado negativo.
A queda de 0,5% no terceiro trimestre supera até os países que ainda sofrem com os efeitos da crise mundial de 2008, como Espanha e Itália.
O desempenho fraco da economia brasileira reflete a baixa confiança dos empresários, a desaceleração do rendimento dos trabalhadores e do crédito.
A indústria e os investimentos, dois dos principais destaques do PIB do segundo trimestre, perderam fôlego. A primeira categoria cresceu 0,1% e a segunda teve retração de 2,2%. No segundo trimestre, haviam crescido 2% e 3,6%, respectivamente.
Naquele período, o crescimento do Brasil havia sido um dos maiores entre as principais economias do mundo, ficando atrás de China e Venezuela.
Em contraste, o PIB brasileiro agora ficou na lanterna na comparação mundial.
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Mesmo com uma desaceleração, o crescimento da zona do euro no terceiro trimestre ainda foi superior, com avanço de 0,1%. Entre as maiores economias do bloco, o pior desempenho foi da Itália (-0,1%), também melhor que o brasileiro.
Espanha e Portugal, dois dos países que --ao lado dos italianos-- mais sofreram com a crise financeira de 2008, tiveram desempenho positivo: cresceram 0,1% e 0,2%.
Nos EUA, o resultado do terceiro trimestre (0,7%) ficou acima do esperado graças ao esforço dos varejistas para repor estoques e apesar da desaceleração no consumo das famílias.
Para a China, o período entre julho e setembro foi o melhor do ano. O crescimento de 2,2% reforçou a leitura dos analistas de uma provável desaceleração no último trimestre com os esforços para estruturar as reformas no país.