Folha de S. Paulo


Folhainvest responde: Sou conservadora e tenho R$ 5.000. Melhor fundo imobiliário ou Tesouro?

A pergunta foi enviada pela leitora L.H., de Fortaleza (CE).

RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSTITUTO DE PESQUISA INSPER - Um investidor conservador deve privilegiar alternativas de investimento que possuam menor risco de gerar perdas até o prazo no qual pretende resgatar os recursos para usufruir.

Os fundos investimentos imobiliários, conhecidos como FIIs, se qualificam como um investimento de renda variável e se assemelham a investimentos em ações de empresas boas pagadoras de dividendos.

Dessa forma, os FIIs não são muito adequados para investidores conservadores, ou poderiam compor apenas uma parcela pequena da carteira dessas pessoas, caso o patrimônio a investir seja superior a R$ 50 mil.

No Tesouro Direto, o investidor encontra títulos de três tipos. São eles: os referenciados ao juro básico (taxa Selic) -LFTs (Letras Financeiras do Tesouro)-, os prefixados -LTN (Letras do Tesouro Nacional) e NTN-F (Notas do Tesouro Nacional Série F)- e os referenciados a índice de preço -NTN-B (Notas do Tesouro Nacional Série B).

O investidor conservador deve priorizar os títulos com vencimento inferior à data em que pretende utilizar os recursos, dessa forma o risco de oscilação dos preços dos títulos é minimizado.

Para construir a carteira, pode distribuir seus recursos entre os três tipos de títulos, priorizando os referenciados à taxa Selic e índices de preço.

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Posso investir em títulos do Tesouro dos EUA?
C.G.M.G., de São Paulo (SP)

RESPOSTA - Sim, qualquer pessoa pode investir internacionalmente e é uma operação perfeitamente legal, inclusive em títulos do tesouro americano.

O Banco Central do Brasil exige um formulário anual para relatar investimentos fora do país, com multa no caso de atraso na entrega.

O investidor deve abrir uma conta em um banco no exterior e enviar os recursos. Em seguida, pode adquirir os títulos por meio desse banco, ou por alguma corretora on-line. Entretanto, para valer a pena essa diversificação internacional, recomenda-se que o investidor disponha de pelo menos R$ 1 milhão para investimentos de longo prazo.


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