Folha de S. Paulo


China corta oferta de gás natural na indústria para evitar escassez

Os maiores produtores de gás natural da China começaram a cortar o fornecimento para clientes industriais em uma tentativa de assegurar que os domicílios e os usuários de transporte não fiquem sem suprimento conforme a demanda aumenta nos meses de inverno.

Os fabricantes de fertilizantes químicos e outros usuários industriais vão provavelmente suportar a maior parte do fardo dos esforços mais recentes de Pequim para racionar suprimentos escassos de gás, mas também são vítimas de uma estratégia de longo prazo para desencorajar o uso de gás como matéria-prima.

A segunda maior produtora de óleo e gás da China, a China Petroleum and Chemical Corp. (Sinopec), disse que disponibilizaria suprimentos de gás durante o inverno em parte por meio do corte de fornecimento de 1 milhão de metros cúbicos por dia à sua fábrica de vinylon, na província de Sichuan, e corte de outros 300 mil metros cúbicos diários à sua refinaria Qilu, também na província de Sichuan.

A empresa disse também nesta quarta-feira que elevaria os suprimentos de gás natural comercial em 10,5%, para 7,5 bilhões de metros cúbicos nos próximos meses para suprir as faltas, observando que já impulsionou a capacidade de produção anual em 4 bilhões de metros cúbicos este ano.

A Sinopec e a rival PetroChina elevaram suas capacidades de produção e volumes de importações este ano mas ainda não conseguem atender a demanda, depois que cidades por toda a China fizeram uma troca para gás natural, com o objetivo de cortar o uso de carvão e combater a poluição do ar.


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