O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que a atuação das forças federais de segurança estão restritas ao entorno do hotel Windsor Barra, onde ocorreu o leilão do pré-sal. A segurança no resto da cidade, diz, é de "responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública" do Rio.
Cardozo fez a afirmação em resposta à possível ida dos manifestantes que protestavam na Barra para o centro do Rio. Durante o ato, houve confusão e tentativa de furar o cordão de isolamento armado ao redor do hotel. A polícia e a Força Nacional de Segurança reagiu com bombas de gás e a balas de borracha.
Se partirem em direção ao centro, os manifestantes vão dar "uma volta" na estratégia da equipe de segurança, que detectou a possibilidade de atos de vandalismo próximos ao hotel, na Barra, e enviou um reforço policial de 350 homens da PM do Rio.
Apesar da confusão do lado de fora do hotel antes do leilão, Cardozo afirmou que o esquema de segurança saiu conforme o planejado e foi satisfatório.
MICHEL TEMER
O vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) criticou a violência nas manifestações nesta segunda, no Rio de Janeiro.
"Eu lamento. Essas coisas não podem acontecer. Não pode haver violência nas manifestações. O que pode haver é manifestação, declarando a sua posição, a favor ou contra. O que é lamentável e tem acontecido nos últimos tempos é exatamente a violência", afirmou Temer após participar de um evento sobre a reforma do Código Penal na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) em São Paulo, no começo da tarde.
LEILÃO
O leilão do pré-sal foi vencido por um superconsórcio liderado por Petrobras (10%, mais os 30% obrigatórios), Shell (20%), Total (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC (10% cada).
A disputa seguiu parcialmente o roteiro esperado, e apenas um consórcio vencedor apresentou proposta e obteve o direito de explorar por 35 anos o campo gigante de Libra, no pré-sal da bacia de Campos, que consumirá R$ 400 bilhões em investimentos nesse período.