Folha de S. Paulo


Quiosques da Barra alegam falta de instruções sobre esquema para leilão

Os donos dos quiosques da orla da Barra da Tijuca, no Rio, dizem não ter sido informados oficialmente sobre as mudanças que serão feitas nesta segunda-feira (21) no entorno do hotel Windsor Barra para garantir a realização do primeiro leilão de Libra, do pré-sal da Bacia de Santos, marcado para começar às 14h.

De acordo com Paloma Ribeiro, há cinco anos dona de um quiosque em frente ao hotel, ninguém a informou sobre como será feito o esquema de segurança no local. Ela teme pela violência das manifestações que podem ocorrer.

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"Está um boato danado. Precisávamos de uma posição de um órgão oficial. Ninguém sabe nada", disse Paloma.

Além da preocupação com a violência, como tem ocorrido nas manifestações no centro, os donos de quiosque temem pelo prejuízo que terão nesta segunda-feira, dia do comerciário, feriado na cidade.

As praias costumam ficar lotadas, principalmente com o bom tempo que está se anunciando. Além dos donos de quiosques, os vendedores da areia alegam que também não foram avisados sobre o esquema e não sabem se poderão trabalhar.

A menos de 24 horas para a realização do leilão, o local da disputa já começou a receber o reforço de forças de segurança.

Cerca de 20 homens do exército se posicionaram nos arredores da avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, onde fica hotel Windsor. Eles estão equipados com escudos, armas e capacete Além do exército, uma embarcação da Marinha também já foi acionada para a região.

"A ocupação será progressiva para não atrapalhar a circulação de pessoas no local, onde há igrejas e escolas", afirmou o coronel Roberto Itamar, assessor de imprensa do Comando Militar do Leste (CLM).

A avenida Lúcio Costa será fechada a partir da madrugada desta segunda-feira com o acesso ao local permitido apenas para pessoas credenciadas para o leilão e moradores da região. O acesso à areia da praia em frente ao hotel também estará proibido.

Até o momento, não há nenhuma restrição ao tráfico no local, que é intenso devido ao dia ensolarado na capital carioca. A rotina do hotel não está sendo afetada.

A expectativa, no entanto, é diferente para esta segunda-feira. Os black blocs, grupos que se vestem de negro e usam máscaras, estão convocando pelas redes sociais um ato unificado a partir das 10h, na praia da Barra da Tijuca, entre a Ponte Lúcio Costa e a Praça do Ó.


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