Folha de S. Paulo


Eike demite 20% dos funcionários da petroleira OGX

A OGX, do empresário Eike Batista, demitiu ontem cerca de 60 funcionários, o equivalente a um quinto do seu quadro de 300 colaboradores. A empresa enfrenta graves problemas financeiros e pode pedir recuperação judicial em breve.

A petroleira só tem caixa para pagar seus compromissos até o fim do mês, já atrasa pagamento de fornecedores e deu calote de US$ 45 milhões nos juros que deveria ter pago para os detentores de bônus de sua dívida no exterior.

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Segundo a Folha apurou, a demissão dos funcionários também foi necessária para adequar a OGX a seu novo tamanho, depois que a companhia desistiu da exploração de vários campos de petróleo. A empresa, que já foi a estrela das empresas de Eike, hoje está no epicentro da crise que se abateu sobre o grupo.

Os principais executivos da OGX estão em Nova York tentando encontrar formas de manter a empresa operando. Ontem se reuniram com os detentores dos bônus, que incluem grandes fundos internacionais, como Pimco e BlackRock.

Tentam convencer investidores a transformar a dívida em ações e injetar mais dinheiro na empresa, mas, mesmo que as negociações sejam bem-sucedidas, não devem ser finalizadas a tempo de evitar a recuperação judicial.

Também nesta semana, os executivos devem se reunir com diversos bancos em busca de um financiamento especial para manter a OGX operando enquanto estiver em recuperação judicial.

A empresa se prepara para entrar com o pedido a qualquer momento.

Os bancos cobram juros mais caros por esse tipo de financiamento, mas é praticamente a única maneira de manter a empresa operando e tentar iniciar a produção no campo de Tubarão Martelo para pagar as dívidas.


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